Geração Neo-Beat Junkie Obsessiva.

Geração Neo-Beat Junkie Obsessiva.


Arthure 'Crack' di Monzza.

Guiliano 'Jamaica' Gasparetto.

Federico 'The Gangster' Carletti.

Francesco 'Nonsense' Manzano.


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

as piores coisas.

Sonhei com alguma coisa noite passada, o sono da minha rebordose me fazendo suar frio na madrugada inquieta. Lutando entre um sonho difícil e a realidade embaçada por trás das cortinas de anfetamina e puro cansaço animal, querendo um cigarro, mas incapaz de mexer um sequer músculo. Do meu lado, o cheiro da garota que partiu no meio da noite ainda permanece, assombrado pelo frio ar que entra da janela sem persianas, escancarada para as luzes azuis da cidade. Não há nada que se possa dizer sobre um momento desses, a lembrança de carne quente contra a minha há apenas algumas horas atrás, e agora isso.

No final tudo se resume aos poucos momentos de glória. O resto é apenas o peso do fracasso que se leva diariamente nos ombros. Quatro da manhã, duas horas pra acender um maldito cigarro.
Não há mais maconha. Acabou o alcool e a risada com os amigos. Acabou aquilo tudo que parecia a única realidade há pouco tempo atrás, e agora resta a risada de desespero de uma ressaca ridiculamente filha-da-puta.
Levanta, que tu vai trabalhar, porra. Vai trabalhar e encarar todas aquelas pessoas do lado de fora, que falam alto, mastigam de boca aberta e gostam de tomar banho de sol. Quem é o desgraçado que gosta de banhos de sol? puta que pariu, que dor de cabeça.

Ainda não me lembro do sonho. Seria apenas mais uma lembrança do sexo de ontem? As risadas insanas pelas ruas madrugadas de estrelas e pequenos pedaços de felicidade instantânea?
não.


Tá vívido demais, colorido demais na minha cabeça. A dor de cabeça não me deixa pensar direito, são nove horas da manhã e já tá um sol do caralho. Com certeza foi um sonho, um sonho bom. Uma vez um cara me disse que morremos todas as manhãs, que os sonhos são nossa verdadeira casa. Sei lá. Só sei que isso aqui tá com uma cara de inferno, meu emprego, a sala de aula na faculdade, não quero isso não.


Sonhei que estava voando. Era isso mesmo.


Sempre senti meus pés presos demais no chão. A lsd te faz flutuar,mas é só ilusão. No final, é tudo ilusão. Você acorda sozinho, com dor de cabeça, e tem que ir trabalhar. Vai com os pés bem presos no chão. Volta com a cabeça e tudo mais abaixo do solo. 


Não há nada a se fazer.
Talvez engolir outra dose de ilusão, e procurar a garota da noite anterior.
É.

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